Um poema rápido, escrito entre um bocejo e outro na sala de aula:
Espera em cada canto
Nas arestas e palavras não ditas
Entre livros-texto
acadêmicos
Entre produtos de limpeza
Entre o bem e o mal
Uma figura vestida não
com negras vestes
Mas com garboso e bem
cuidado terno
No meio dos salões de
marfim
Magníficas maravilhas do mundo moderno
Ápice do desenvolvimento
cientifico
Tecnológico robótico
humano
Imortal inexorável
Lá esperam essas
pequenas mortes
Que ainda hão de nos
ceifar a todos.